Foi aqui nesta cadeira. Nesta cadeira onde me sento ingrata e dura.
Puxo de um, puxo de outro e ainda daquele bem saliente, uns a seguir aos outros naquele modo desajeitado do costume. Não passam de tretas enroladas com desespero, aqueles que puxo. Se pudesse voltar atrás e não puxar aquele que me enfiou nisto… Quem me dera não o ter feito, quem me dera que continuasse a sentar-me nesta cadeira e não ter de os puxar um atrás do outro dum modo vergonhoso. É um facto, sinto vergonha, nojo de mim, nojo do meu eu, nojo daquilo que não fui, daquele que não puxei.
Fui atropelado pelo que podia ter sido, embaraçado pela fantasia que delineei a verde-rosa e que foi, não mais que uma fantasia, um pesadelo mergulhado em desilusão castanha.
Quiseste poupar-me com o da razão e eu, tomado de Quixote, peguei no que estava ao lado, o degradante do “coração”. Hoje, não sou mais que um pássaro negro sobre um oceano repleto de crias da fealdade que cicurgitam bem alto…o teu nome.
É quando puxo doutro que me acende a ferida, é quando o puxo que me bate de tal maneira, que me fico.
Atordoado no nevoeiro, sem âncora, sem norte, apenas com o lápis negro na minha escura mão…envolvo um maço tortura de pensamentos…é por ti.
1 comment:
"Quiseste poupar-me com o da razão e eu, tomado de Quixote, peguei no que estava ao lado, o degradante do “coração”. Hoje, não sou mais que um pássaro negro sobre um oceano repleto de crias da fealdade que cicurgitam bem alto…o teu nome."
lindooooo...=)
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