Wednesday, February 15, 2006

Foi por deixar!



Deixei por anunciar,

Que sim…

Adorava-te!

Deixei por lembrar,

Que sim…

Gostava-te!

Deixei por dizer,

Que sim…

Amava-te!

E logo o Sol rolou num espasmo…

E a lua quedou-se redonda, cinzenta!

Agora,

Já no breu às riscas pintado,

Prostado,

Por entre os negros ferros,

Fico-me, acorrentado,

Das mãos e da débil alma!

Ergo-me…

de súbito!

Ouço trautear,

ao fundo…

Sinto a sombra correr e saltar

Tua e Nua é fundada no frio corredor…

Não te almejo,

Mas sei que as tuas duas esferas espreitam…

Por entre elas, por entre tu e eu…

Surdo, cego e mudo…

Levanto-me,

Vacilo…

E num ai de dor respiro um nome com estorvo,

Oh minha dolce Princesa!

Te amo…!