Tuesday, November 15, 2005

Sinto-me porque o sinto!

Sentado no frio duma cadeira vazia e escura tomo-me no enlevo de tentar digitar joguinhos de letras que façam sentido no fundo de vazio de todo o mim...

Sinto-me porque O sinto,

mais um,

mais um talher na gaveta,

mais um rude lápis no estojo,

mais um chapéu de abas cheio de graça e de sobejo…

Sinto-me porque O sinto,

esquecido pelo pó,

pelas teias,

pelos olhares que O nunca viram nem vão ver…

Sinto-me porque O sinto,

traído pelo Sol,

fogosamente abandonado pelos pontinhos cintilantes,

pontapeado pela Terra que não é mãe só madrasta…

Sinto-me porque O sinto,

transformado aquele brilho,

fugidio aquele pestanejar,

alheada aquela mão doce e perfumada…

Sinto-me porque Te sinto,

fora e tão perto,

longe e cá dentro,

sim mas não…

Sinto-me porque só O sinto

agora,

o preto e branco do teu colorido,

os doces lábios na tua boca amarga,

o teu leve cabelo no teu rosto atolado de tudo, de tudo!

Sinto-me

porque Te amo,

te amo hoje,

te amava numa manhã

e porque ao anoitecer sinto que t’amarei…

Sinto-me amante,

porque só te amo

a ti e

ao teu todo sugador!

Porquê?

porque te Sinto!

1 comment:

Daisy said...

linduh!